A divisão administrativa do arquipélago consiste em 11 municípios:
Funchal
Origem do nome: é comum afirmar-se que a umbelífera Foeniculum Vulgare, que tem o nome vulgar de Funcho, houvesse dado o nome ao Funchal. E não se conhecem factos que contradigam esta afirmação. Os primitivos povoadores, ao desembarcarem neste lugar, depararam com a planta, em grande abundância, e sem esforço começou a chamar-se Funchal àquele local. « … Funchal, a que o capitão deu este nome, por se fundar em um vale formoso de singular arvoredo, cheio de funcho até o mar».
População: 115, 900 habitantes
Freguesias: Imaculado Coração de Maria, Monte, S. Gonçalo, S.Martinho, S.Pedro, S.Roque, Santa Luzia, Santa Maria Maior e Sé.
Artesanato: bordados da Madeira, artefactos em vime, rendas, latoeiro, sapateiro, chapéus de palha, instrumentos musicais, bota de vilão e tapeçaria.
Actividades económicas: comércio, turismo, restauração, oficinas de mecânica, agricultura, hotelaria, serviços, indústria, construção civil.
Gastronomia: espetada regional e filete de espada preto, espetadas em pau de loureiro, bolo do caco, milho frito, bife de atum, carne de vinho e alhos, atum cozido, cozido à portuguesa, sopa de peixe, bolo de mel, bife, queijada madeirense.
Oragos: Imaculado Coração de Maria, Nossa Senhora do Monte, S.Gonçalo, S.Martinho, S.Pedro, S.Roque, Santa Luzia, S.Tiago Menor, Santo António, Nossa Senhora da Assunção.
Feriado Municipal: 21 de Agosto
Calheta
Origem do nome: pensa-se que o nome provém de uma pequena baía ou enseada, que lhe serve de porto, pois este é o verdadeiro significado da palavra calheta. Gaspar Frutuoso, ao descrever a primeira exploração feita por Zarco através da costa, diz o seguinte: « correndo a costa a bem duas léguas sem achar onde desembarcar, foram dar em uma grande abra, onde desejosos de saber a terra, desembarcaram entre uns penedos, fazendo ali à mão um desembarcadouro, a que o capitão pôs o nome Calheta».
Área: 115, 50 Km
População: 13, 130 habitantes
Freguesias: Arco da Calheta, Calheta, Estreito da Calheta, Jardim do Mar, Prazeres, Fajã da Ovelha, Paúl do Mar e Ponta do Pargo.
Artesanato: tapetes de retalhos, bordados, vassouras de urze, cestos de vime, rum de cana-de-açucar.
Actividades económicas: agricultura e agro-pecuária, serralharia civil, construção civil, panificação, fábrica de blocos para construção civil, comércio, prestação de serviços, lacticínios, pesca, comércio tradicional, hotelaria.
Gastronomia: peixe-espada preto, atum cozido com batatas, milho cozido, carne assada com batata doce.
Oragos: Espírito Santo, Senhor de São Brás, Nossa Senhora da Graça, São João Baptista, Nossa Senhora do Rosário, Santo Amaro, São Pedro, Nossa Senhora das Neves.
Feriado Municipal: 24 de junho.
Ponta do Sol
Origem do nome: tem este nome por formar uma ponta que entra pelo mar dentro e onde o sol bate primeiro quando nasce.
Área: 43, 3 km 2.
População: 8, 850 habitantes.
Freguesias: Canhas, Madalena do Mar e Ponta do Sol.
Artesanato: tapetes de retalhos, bordados, tanoaria, obra de vime e quadros em tela.
Actividades económicas: agricultura, pecuária, pequeno comércio, serviços, fábrica de móveis e panificação.
Gastronomia: espetada em pau de loureiro e caldeirada de peixe.
Oragos: Nossa Senhora da Luz, Santa Maria Madalena, Nossa Senhora da Piedade.
Feriado Municipal: 8 de Setembro.
Ribeira Brava
Origem do nome: o nome deste concelho advém da ribeira que ali corre e que muitas vezes apresenta um caudal muito forte. Gaspar Frutuoso diz: « passaram muitos dias no caminho e até chegarem daí a três léguas a uma furiosa ribeira, na praia da qual estava aguardando o capitão que em terra desembarcara e tinha ali traçado uma povoação a que deu o nome Ribeira Brava, pela que corria neste lugar…».
População: 13,170 habitantes
Freguesias: Campanário, Ribeira Brava, Serra d’Água e Tabua.
Artesanato: bordados, cestaria em vime, tapetes de retalhos, ferreiro empalhamento de garrafas, trabalhos em fósforos, obras de cana, bordados da Madeira em tela.
Actividades económicas: agricultura, serração, carpintaris, hotelaria, panificação, comércio geral, serviços, agro-pecuária, produção de electricidade.
Gastronomia: bacalhau à Ribeira Brava, carne de vinho e alhos, sopa de castanhas, licor de noz, poncha, sopa de cevada.
Oragos: Santíssima Trindade, Nossa Senhora da Ajuda, São Bento, São Brás.
Feriado Municipal: 29 de Junho.
Câmara de Lobos
Origem do nome: a origem do nome está no facto do encontro das focas ou lobos marinhos, como refere Gaspar Frutuoso: «daqui passaram mais adiante até dar em uma rocha delgada à maneira de ponta baixa que entra muito no mar; e entre esta rocha e outra fica um braço de mar onde a natureza fez uma grande camada de pedra e rocha viva. Aqui se meteram com os batéis e acharam tantos lobos marinhos, que era espanto; pelo que o capitão João Gonçalves deu o nome a este remanso Câmara de Lobos.»
Área: 52, 37 Km.
População: 33, 180 habitantes.
Freguesias: Câmara de Lobos, Curral das Freiras, Estreito de Câmara de Lobos, Jardim da Serra e Quinta Grande.
Actividades económicas: pesca, agricultura, comércio, serviços, indústria, fruticultura, pastorícia, apicultura, blocos de betão, floricultura.
Oragos: São Sebastião, Nossa Senhora do Livramento, Nossa Senhora da Graça, São Tiago Menor, Nossa senhora dos Remédios.
Feriado Municipal: 16 de Outubro.
Machico
Origem do nome: não se sabe nada de concreto àcerca da origem do nome Machico. As hipóteses são várias, sendo a mais comum a da lenda de Machim e Ana d’Harfet, embora esta mais no campo da ficção.
Área: 68, 6 km2
População: 22, 190 habitantes
Freguesias: Água de Pena, Caniçal, Machico, Porto da Cruz e Santo António da Serra.
Artesanato: bordados, cestaria e ferreiro.
Actividades económicas: agricultura, comércio, indústria de hotelaria, panificação, construção civil, pesca, conservas, tabaco, extracção de inertes, serralharia, móveis, construção naval, blocos de cimento, transformação de madeiras.
Gastronomia: sopa de couve, sopa de moganga, cuscuz, milho cozido com chicharros, tripa de porco recheada, gaiado seco, gaiado de escabeche, lapas grelhadas, fragateira ou caldeirada e vinho americano.
Oragos: Santo António, Nossa Senhora de Guadalupe, Santa Beatriz, Nossa Senhora da Conceição e S.Sebastião.
Feriado Municipal: 9 de Outubro.
Porto Moniz
Origem do nome: Francisco Moniz é dado como um dos seus mais antigos povoadores devendo entender-se que foi ele um dos primeiros que ali teve terras de sesmaria. Francisco Moniz era de descendência nobre e natural do Algarve; casou na Madeira com uma neta de João Gonçalves Zarco. Aquando do casamento foi-lhe doada uma parte de terra a que anteriormente se chamava Ponta do Tristão. A partir de 1577 já lhe é dado o nome de Porto do Moniz.
Área: 8, 040 hectares
População: 3, 350 habitantes
Freguesias: Achadas da Cruz, Porto Moniz, Ribeira da Janela e Seixal
Artesanato: trabalhos em vime, tapeçarias, trabalhos em ferro, tanoaria, bordados e sapateiro
Actividades económicas: agricultura, agro-pecuária, comércio, hotelaria, turismo, panificação, construção civil, energia eléctrica, fruticultura e viticultura.
Gastronomia: batata tostada com sal, com feijão e maçaroca, batata murcha com peixe espada frito, batata cortada com feijão e maçaroca, bolo de mel, arroz de lapas.
Oragos: Santo Antão, Nossa Senhora da Encarnação, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora do Livramento.
Feriado Municipal: 22 de Julho.
Santa Cruz
Origem do nome: diz Gaspar Frutuoso: « entraram em uma formosa praia na qual viram um formoso vale coberto de arvoredo, onde acharam em terra uns cepos velhos derrubados pelo tempo, dos quais mandou o capitão fazer uma cruz, que logo fez dependurar no alto de uma árvore, dando nome ao lugar de Santa Cruz.» Esta é a explicação do nome da cidade. Para comemorar o facto da construção da cruz por ocasião do descobrimento fez-se levantar no local um cruzeiro, em mármore, que foi destruído em 1889.
População: 24, 310 habitantes
Freguesias: Camacha, Caniço, Gaula, Santa Cruz, Santo António da Serra.
Artesanato: bordados, bonecas de massa, colheres de pau, mexilhotes, barretes de vilão, tecelagem, tapeçaria,cestaria em vime e cana.
Actividades económicas: agro-pecuária, pesca, serviços de hotelaria, suinicultura, aviários, panificação, floricultura, conserva de peixe, horticultura, carpintaria, turismo, comércio.
Gastronomia: anona, papaia, manga, doce de licor de amora, aguardente de cana, sopa de trigo, pão caseiro, bolos de milho cozidos em folha de couve, bolo do caco, espetada regional.
Oragos: São Lourenço, Espírito Santo, Santo Antão, Nossa Senhora da Luz, Nossa Senhora da Graça, São Salvador, Santo António.
Feriado Municipal: 15 de Janeiro.
Santana
Origem do nome: desconhecida
Área: 96, 2 Km
População: 10, 190 habitantes
Freguesias: Arco de São Jorge, Faial, Ilha, São jorge, São Roque do Faial, Santana.
Artesanato: tecelagem, tapeçaria, trajes, bordados regionais, bonecas de palha de miho, cestaria em vime, velas de cera, barretes, camisolas e cachecois de lã de ovelha, objectos tradicionais de madeira, bonecas de tricô, tecelagem e preparaçaõ do linho.
Actividades económicas: agricultura, criação de gado, indústria, pequeno comércio, prestação de serviços, turismo, viticultura, carpintaria, construção civil, agro-pecuária, extracção de granito, panificação, hotelaria, floricultura.
Gastronomia: semilhas com bacalhau, sopa de trigo, bolo de noiva e pão caseiro, carne de vinho e alhos, bolo do caco, maçarocas com semilhas e fiejão, frangolho, pão de Santana, queijo de ovelha.
Oragos: São José, Nossa Senhora da Natividade, Nossa Senhora do Rosário, Santa Ana.
Feriado Municipal: 25 de Maio.
São Vicente
Origem do nome: uma pequena ermida, consagrada a S. Vicente, deu nome ao local onde fora erguida depois a nova freguesia.
População: 7, 990 habitantes
Freguesias: Boaventura, Ponta Delgada, São Vicente
Artesanato: obra de vime, bordados, trabalhos decorativos com miolo de pão, artefactos em madeira, sapateiro, tanoaria, tapeçaria de retalhos, rendas, ferreiro, artigos decorativos em pano, bonecos de presépio com âmago de figueira e de milho, latoeiro, artes plásticas.
Actividades económicas: agricultura, panificação, turismo, extracção de inertes, viticultura, artefactos de cimento, móveis, apicultura, floricultura, extracção de areia.
Gastronomia: espetada, carne de vinho e alhos, cuscuz, caldo de romaria, bolo de mel, linguiça, poncha, sopas de trigo e de couve, inhame branco, arroz de lapas, caramujos, lapas grelhadas, pão caseiro, vinho da região, semilha, caldeirada, sopa de marisco, licores, milho malhado, batata de pimpinela, maçaroca cozida e assada.
Oragos: Santa Quitéria, Senhor do Bom Jesus, São Vicente.
Feriado Municipal: 22 de Janeiro.
Porto Santo
Origem do nome: atribui-se a origem do nome ao facto dos primeiros descobridores terem ali encontrado abrigo seguro à violenta tempestade que os atingira. João de Barros diz o seguinte: « Mas graças à piedade de Deus o mau tempo cessou e os ventos que os fizeram perder viagem levantaram: descobriram então a Ilha que agora chamamos Porto Santo, nome que lhe foi dado porque retirou os navegadores dos perigos porque passaram.»
População: 5000 habitantes.
Freguesias: Vila Baleira (elevada a cidade em 1996)
Actividades económicas: agricultura, pecuária, pesca, hotelaria, turismo e comércio.
Oragos: Nossa Senhora da Piedade.
Feriado Municipal: 24 de Junho.